- 25/09/2020
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E….de repente….Go home! Ou Home Office! Foi o que muitas organizações tiveram que decidir e dizer aos seus colaboradores quando as diretrizes sanitárias estabeleceram a estratégia de distanciamento social com o início da pandemia da COVID-19. No mundo do trabalho esta foi a solução para os serviços não essenciais que, em primeira instância, poderiam ser executados nos domicílios dos colaboradores e entregues por meios digitais e de comunicação telefônica com chefias, pares, clientes e fornecedores.
Deste primeiro momento de Go home! observaram-se resultados positivos e negativos. Uma pesquisa realizada pela Cushman & Wakefield aponta que para 85% dos executivos de multinacionais ouvidos, a experiência do trabalho remoto tem mais pontos positivos do que negativos e que, depois de semanas trabalhando em casa, 73,8% das empresas pretendem instituir o home office como prática definitiva no Brasil após a pandemia do novo coronavírus (1).
Mas os efeitos deletérios também estão presentes neste cenário apontando para os riscos de burnout e agravamento de questões de saúde mental pré-existentes, seja de profissionais autônomos ou mesmo daqueles com empregos fixos que se submetem a ambiente físico e social não adequados no domicílio, bem como a uma rotina mal administrada que não permite a contemplação do desempenho ocupacional equilibrado em todas as suas áreas, conforme descritas pela Associação Americana de Terapia Ocupacional: autocuidado, cuidados da vida pessoal domésticas, atividades sociofamiliares, trabalho, estudo, lazer, descanso/sono (2).
E…de repente no pós-pandemia…Stay home! Mas como fazer isso de forma que se preserve o real valor do capital humano, a eficiência e segurança dos processos organizacionais, e sua sustentabilidade?
É preciso realizar minucioso diagnóstico situacional e, em seguida, implementar ações graduais conforme as possibilidades organizacionais e exigências da legislação, dentro das seguintes diretrizes:
- Simbolismo: A organização precisa ressignificar o capital humano e a forma de fazer a sua gestão; e o colaborador precisa ressignificar o ambiente doméstico enquanto ambiente laboral também;
- Perfil: Repensar alocação – quem retorna para organização, quem permanece em trabalho remoto ou em home office, que implica em esquemas mistos entre o trabalho à distância e presencial (entre dias e horários na semana);
- Infraestrutura: Mobiliário, recursos de telefonia e de internet (acesso às redes remotas e demais recursos digitais) precisam ser seguros do ponto de ergonômico e de eficiência segurança do meio digital e da informação transacionada;
- Ambiente Físico e Social: É preciso haver espaço reservado/adequado para a realização do trabalho, bem como qualidade de luminosidade e temperatura;
- Rotina Ocupacional – a elaboração de planilha semanal onde estejam contempladas (e claras) a divisão de tempo para alocação de atividades nas áreas de desempenho ocupacional é vital para a manutenção da saúde psicofísica e realização pessoal:
- Autocuidado (alimentação, higiene, saúde): indo desde orientação até a provisão de benefícios;
- Cuidados da Vida Pessoal: orientação para eficiência e gerenciamento de tempo e tarefas;
- Atividades Sociofamiliares: Orientação à suporte para prevenir e tratar burnout;
- Trabalho: gestão de prazos, tarefas, supervisão e comunicação constante;
- Estudo: orientação à suporte e provisão de educação continuada;
- Lazer: orientação à suporte para oportunidades de lazer;
- Descanso e sono: de orientação para pausas à higiene do sono.
Durante a implantação das ações graduais para se atingir os níveis satisfatórios de orientação, adequação/ajuste e ou provisão de recursos é muito importante que a organização se paute em:
- Clareza, transparência na comunicação de como estes processos vão ocorrer;
- Criação e implementação de soluções em estreita coparticipação com os colaboradores e gestores operacionais, valorizando o conhecimento que possuem sobre suas capacidades, seu contexto e sobre o seu comprometimento com a realização da missão da organização.
Para maiores detalhes sobre o diagnóstico situacional e a implementação das diretrizes acima citadas, assista à gravação da nossa live apresentada junto à Mantris Gestão em Saúde Corporativa intitulada “Home Office no pós-pandemia: Como diagnosticar a situação instalada durante a pandemia e se preparar para os ajustes possíveis no futuro próximo”, no vídeo acima.
Entre em contato conosco para solicitar o apoio customizado à implantação do Home Office em tempos de Pós-Pandemia (e durante a pandemia) na sua organização.
Referências:
(1) https://exame.com/carreira/home-office-definitivo-para-74-das-empresas-no-brasil-a-resposta-e-sim/
(2) AMERICAN OCCUPATIONAL THERAPY ASSOCIATION. Occupational therapy practice framework: Domain and process 3rd ed. Am. J. Occup. Therapy. v. 68 (Supplement 1) 2014. S1-S48.
Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/home-office-p%25C3%25B3s-pandemia-e-durante-pandemia-j%25C3%25BAnia-j-rjeille-cordeiro/
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